E foi se afastando, me deixando ali suspensa;
Sem mobilidade, sem vontade, sem compreender;Eram as correntes frias que sustentavam meus pensamentos;
E o vento, me trazia noticias sobre você;
No balanço, cobiço que você me embale;
Desejo sentir, meus pés se afastarem do chão;
E aos poucos, por míseros segundos me alienar do mundo;
Quero sentir, suas mãos a me empurrar;
E esquecer o quanto que cedida aqui estou;
Para padecer nesta solidão, guardo as memórias retidas em meu mundo particular;
Acobertando todos meus sentimentos, afugentando meu amor;
Ludibriou-me, com um amor que não era de meu domínio;
O desejo que sinto te absolve da culpa, e te traz para junto de mim;
Perturbei o mundo para te retirar de mim, recuperar o amor que em suas mãos eu depositei;
Mais a única coisa que consigo entender, é que tudo me leva para perto de você;
Sei que não merece caso o porem que mesmo assim te amo, e já nem consigo esconder;
E as correntes enferrujadas pelo tempo tornam o balanço ainda mais estacado;
Maldito destino, que te deixou livre e a mim atormentada pela saudade do que um dia não aconteceu.
- Adelita Moraes
